O Conselho Cultural da Universidade do Minho, através da comissão do “Prémio Victor de Sá de História Contemporânea”, apresenta ao longo do mês de novembro, no Largo do Paço, em Braga, uma exposição e quatro livros sobre a Crise Académica de Coimbra, que há 50 anos
abalou o regime do Estado Novo.
No passado dia 8, foi primeiramente inaugurada a mostra “A Crise Académica de 1969: Memórias“, na sala dos arcos da Galeria do Paço. Na exposição, cedida pelo Município de Coimbra, pode ver-se a recusa das autoridades em dar a palavra ao presidente da Associação
Académica de Coimbra (AAC), os cartazes de protesto, as assembleias magnas, a greve aos exames, a cidade ocupada pela GNR, o simbolismo das flores entregues à população e do lançamento de balões e as mensagens na final da Taça de Portugal.
Já esta quarta-feira, dia 13 de novembro, pelas 18h, é divulgado o livro “O processo”, de Gualberto Freitas, vimaranense de 59 anos, que aborda o processo instaurado a quarenta ativistas estudantis. No dia 20 é a vez da obra “Peço a palavra”, de Alberto Martins, que presidiu à AAC em 1969 e vai explicar o que se viveu.
Por fim, a dia 27 de novembro, é lançado o livro de testemunhos “Bracarenses na Crise Académica de 1969”, por Luís Reis Torgal, professor catedrático da Universidade de Coimbra e ex-diretor das revistas “História das Ideias” e “Estudos do Século XX”. Este volume é editado
no âmbito do “Prémio Victor de Sá de História Contemporânea”, o principal galardão nacional para jovens investigadores da área, devendo o vencedor da sua 28ª edição ser anunciado em dezembro.
Este programa evocativo insere-se na preparação do centenário do nascimento de Victor de Sá, cujo espólio está à guarda da Biblioteca Pública de Braga.