Um alerta para os impactos e danos da sobreexploração dos oceanos, assinado por um conjunto de investigadores portugueses, foi, no passado dia 1 de julho, submetido à ONU, no âmbito da Conferência dos Oceanos.
O manifesto “As Humanidades para os Oceanos” foi assinado pelos investigadores do projeto 4-Oceans, da Universidade Nova de Lisboa, que é liderado por Cristina Brito, investigadora que distinguida em 2020 com uma bolsa do European Research Council no valor de 10,4M de euros. Outros signatários são o CHAM, o Centro de História da Universidade de Lisboa, a Cátedra UNESCO Ocean’s Cultural Heritage ou o Trinity Centre for Environmental Humanities.
Segundo os signatários, a investigação científica atual sobre o passado dos oceanos revela que a exploração continuada do meio marinho tem, “de forma cada vez mais inequívoca”, resultado em “profundos impactos negativos”, nomeadamente nas populações e ecossistemas. Neste sentido, defendem que a área das Humanidades deve “ver reconhecido o seu papel central na compreensão dos Oceanos e como um contributo para o avançar da ciência”.
De acordo com a informação disponível na página oficial da universidade, a “NOVA FCSH tem trabalhado na área estratégica dos oceanos a partir de diferentes unidades de investigação e projetos de relevância nacional e internacional”, dos quais são exemplo os grupos signatários deste manifesto.