Encerrou no dia 17 de maio a 20ª edição do FATAL – Festival Anual de Teatro Académico com a entrega de prémios. Entre os vencedores estão o GAPE – Grupo de Artes Performativas da ESTAL, TUP – Teatro Universitário do Porto e mISCuTEm – ISCTE.
O FATAL começou no dia 2 de maio com “Medeia”, da Associação Cultural Thíasos (Universidade de Coimbra), no Auditório Orlando Ribeiro, e “A Freira no Subterrâneo”, uma adaptação do Cénico de Direito (Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa), no Auditório Carlos Paredes. Com sala cheia, a interpretação do Cénico de Direito que partiu de um romance homónimo de Camilo Castelo Branco já fazia adivinhar que esta seria uma edição de sucesso.
Mais do que um festival de teatro académico, o FATAL revelou-se uma vez mais um momento de partilha — seja entre companhias de teatro, entre atores e plateia, entre histórias modernas e contemporâneas. D’ “A Freira no Subterrâneo” a “Pistris, Tubarão Eu?”, o teatro subiu ao palco através de diferentes formas de contar histórias, do mais clássico ao mais arrojado.
No dia 17 de maio, na Cantina Velha, celebrou-se o teatro académico e distribuiram-se os prémios do concurso FATAL. “Pistris, Tubarão Eu?”, a peça do GAPE – Grupo de Artes Performativas da ESTAL, ganhou o prémio FATAL; “O Espetáculo”, do TUP – Teatro Universitário do Porto, ficou com o Prémio FATAL – Cidade de Lisboa; e “Histórias de Amor em Tempo de Guerra”, do Tubo de Ensaios, ganhou o Prémio FATAL do Público.
As menções honrosas foram atribuídas a “Batom”, do mISCuTEm – ISCTE; “Sozinhas de Mel”, do NNT – Novo Núcleo Teatro, FCT, Universidade Nova de Lisboa; e “Histórias de Amor em Tempo de Guerra”, da Tubo de Ensaios – Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Para esta 20ª edição do FATAL foram selecionados 16 espetáculos para integrar a categoria de competição. O Prémio FATAL distingue o melhor espetáculo, o Prémio FATAL – Cidade de Lisboa consagra o espetáculo mais inovador, e o Prémio FATAL do público foi atribuído ao espetáculo que obtém a mais alta classificação dos espectadores do Festival.
O júri do FATAL 2019 foi composto por Anick Bilreiro, em representação da Câmara Municipal de Lisboa, Jorge Lucas, em representação da Fundação Calouste Gulbenkian, Teresa Faria, em representação do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da ULisboa e por Pedro Saavedra e Ricardo Teixeira, dois atores portugueses de renome.
Corria o ano de 1996 quando Isabel Bruxo, na altura Diretora do Gabinete de Atividades Culturais da Universidade de Lisboa, organizou um ciclo de Teatro Universitário chamado “UL em cena”. Nesta primeira edição, 6 espetáculos, uma exposição e uma conferência compuseram o programa que pretendia dar destaque ao teatro académico. Foi o sucesso desta iniciativa que serviu de adubo a um solo de onde nasceu o FATAL – Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa, que já conta com 20 anos de existência.
Fotografia do espetáculo “A Freira no Subterrâneo” por David Cachopo